Não há chuva no deserto...

O céu de Bahrein dava uma previsão de como seria a corrida: Normal. Com nenhum sinal de chuva no céu, o que poderia atrapalhar a prova seria uma tempestade de areia, mas nada de adverso ocorreu.
A cada corrida que passa vemos mudanças em alguns carros. Dessa vez, Nelsinho Piquet vem com difusor novo e KERS. A Force India também apresenta um novo difusor, que teve como resultado uma leve melhora nos treinos.
Na largada, Timo Glock passa Jarno Trulli, enquanto que Lewis Hamilton cruza a pista e ganha posições. Felipe Massa se vê entre Kimi Raikkonen e Rubens Barrichello e bate a asa dianteira, mas sem grandes danos. O brasileiro acaba ultrapassado por Fernando Alonso, que largou por fora e perdeu uma posição. Nelsinho Piquet larga bem e ganha 5 posições.
Algumas voltas depois, Felipe Massa, Nick Heidfeld, Robert Kubica e Kazuki Nakajima param nos boxes para trocarem os bicos dos carros. Kubica e Nakajima haviam tocado em Adrian Sutil, numa tentativa de ultrapassagem do piloto da Force India.
A corrida segue normalmente, e os pilotos da Toyota são os primeiros a parar para reabastecer. Um pouco depois de voltar à pista, Trulli é ultrapassado por Alonso, numa manobra belíssima. A seguir, param Barrichello, Button, Hamilton e Alonso.
Nelsinho Piquet faz uma boa prova e mantém-se entre os 10 primeiros, chegando a brigar com Rubens Barrichello pela 9ª posição e a segurá-lo por um bom tempo. Enquanto isso, Button toma a liderança das Toyotas.
Depois de 12 voltas, Barrichello volta aos boxes, numa estratégia frustrada de Ross Brawn. Massa também para, e, como os dois colocam pneus macios pela segunda vez, são obrigados a fazer uma 3ª parada.
Na volta 49, Nakajima abandona a pista.
Ao final da primeira corrida do ano sem o safety-car na pista, Button cruza a linha de chegada em 1º, seguido por Vettel e Trulli. Kimi Raikkonen termina em 6º, Alonso em 8º e Piquet em 10º, após ter feito uma grande corrida. Mark Webber também fez uma ótima prova, ganhou 8 posições em relação à largada, terminando em 11º. Felipe Massa terminha em 14º.
A Brawn GP voltou a vencer, mas não com tanta folga quanto nas duas primeiras etapas, mostrando que temos muita disputa pela frente e que o campeonato está apenas começando.

Areia na pista... A Formula 1 chega no Bahrein

As especulações sobre quem mudará de equipe já começaram a aparecer no paddock. Um pouco tarde este ano. Assim, pilotos tentam dar seu melhor nas corridas para manter seus postos ou alcançarem lugares mais altos.
A Force India chega com um difusor novo, e mostra melhores resultados nos treinos livres. Os chefes das equipes já querem acabar com o KERS, novidade desse mesmo ano.
Assim, no aniversário de Felipe Massa, ocorrem o treino classificatório. No Q1 a Force India demonstra uma leve melhora, principalmente com Adrian Sutil, que chega a marcar o 5º tempo, mas fica de fora do Q2. Nos primeiros lugares Sebastian Vettel e Jarno Trulli, não causando surpresa alguma após a grande prova que fizeram na China. Fora ainda ficam Sebastien Bourdais, Giancarlo Fisichella, Mark Webber e Sebastien Buemi. Fernando Alonso marca apenas o 14º tempo, afirmando ter sido atrapalhado por Sutil e Robert Kubica.
Já no Q2, Vettel marca o melhor tempo novamente, com Timo Glock em segundo e Trulli em seguida. Alonso marca o 7º tempo e Felipe Massa fica entre os dez melhores pela primeira vez no ano. De fora ficam Heikki Kovalainen, Kazuki Nakajima, Robert Kubica, Nick Heidfeld e Nelsinho Piquet, que escapou da pista na última volta, talvez um erro fundamental para seu tempo ruim.
Na disputa pela pole, muita disputa na pista, mas a primeira posição fica com Trulli, seguido de Timo Glock e Vettel. A Ferrari fica em 8º com Felipe Massa e em 10º com Kimi Raikkonen. Fernando Alonso marca o 7º tempo.
Mais uma dobradinha no ano, e mais um treino sem a Brawn liderando. Uma possível hegemonia no começo do ano que agora fica evidente que não se realizará.

GP da Chuv..., ops, China

Após duas provas agitadas, a Fórmula 1 encara mais uma etapa, na China. Nos treinos a surpresa de não ver a Brawn GP na frente, lugar tomado pela RBR de Sebastian Vettel e pela Renault de Fernando Alonso.
A corrida iniciou com a pista encharcada pela chuva, obrigando os carros a largarem com safety-car, que só deixou a pista na oitava volta. Uma volta antes, Alonso para nos boxes para reabastecer, bem antes do previsto, já que com o SC ele pararia pela volta 12.
A prova continua, monótona, com alguns carros rodando sozinhos, mas sem muitos prejuízos, além de posições perdidas. Felipe Massa apresenta problemas no carro e abandona a prova. Jarno Trulli é atropelado por Robert Kubica e deixa a pista também.
Sebastian Vettel recebe a bandeirada em 1º, após liderar a prova inteira, com uma certa folga. Mark Webber formou a dobradinha da RBR e completando o pódio, Jenson Button.
Uma corrida sem surpresas e sem muita graça, contrariando as expectativas criadas pelas mudanças de alguns carros.

Hegemonia interrompida?

Após o julgamento dos difusores, as equipes se preparam para o GP da China. Buscando bons lugares no grid, algumas equipes apresentam novidades nos treinos. A Ferrari retirou o KERS do carro (provavelmente a peça apresentou algum problema); A McLaren estreia um difusor, não completamente desenvolvido ainda, assim como a Renault de Fernando Alonso.
Logo no Q1, vemos uma boa atuação da RBR, que vem sem KERS e sem difusor novo. Uma surpresa. A Brawn GP garante os dois melhores tempos como "de costume" e logo atrás vem o 4º tempo de Lewis Hamilton. Obra do novo difusor? Talvez. Robert Kubica e Nelsinho Piquet ficam fora da próxima etapa.
No Q2 uma reviravolta nos tempos: RBR na frente da Brawn GP. Nessa etapa ficam pra trás Felipe Massa, Nick Heidfeld e Heikki Kovalainen.
Na disputa pela pole, os tempos mais rápidos ficam entre Brawn GP e RBR novamente, porém nos últimos segundos um "intruso" aparece: Fernando Alonso marca o segundo tempo. Claramente não está com o mesmo peso dos adversários, mas talvez as mudanças no carro tenham ajudado. A pole ficou com Sebastian Vettel e o 3º lugar no grid com Mark Webber. E só entao vemos Jenson Button e Rubens Barrichello.

Confira o grid de largada:
1 - Sebastian Vettel
2 - Fernando Alonso
3 - Mark Webber
4 - Rubens Barrichello
5 - Jenson Button
6 - Jarno Trulli
7 - Nico Rosberg
8 - Kimi Raikkonen
9 - Lewis Hamilton
10 - Sebastien Buemi
11 - Nick Heidfeld
12 - Heikki Kovalainen
13 - Felipe Massa
14 - Timo Glock*
15 - Kazuki Nakajima
16 - Sebastien Bourdais
17 - Nelsinho Piquet
18 - Robert Kubica
19 - Adrian Sutil
20 - Giancarlo Fisichella

* Perdeu 5 posições por ter trocado a caixa de câmbio

Fim da Novela?

Mais uma vez o circo da Formula 1 vivencia uma polêmica. A deste ano é a do difusor dos carros da Brawn GP, Toyota e Williams. As demais equipes choraram tanto que o difusor estaria fora do regulamento que a FIA optou por um julgamento. O veredito saiu nesta quarta-feira, dia 15: aprovado. Nenhuma surpresa até então. Era previsível que a FIA não iria contra Ross Brawn.
Para o GP da China, neste fim de semana, a McLaren já vem com difusor novo, enquanto que o advogado da Renault disse que a equipe faria o mesmo. A RBR e a Ferrari dizem que ainda não tem o dispositivo pronto, e a escuderia italiana não vai usar nem mesmo o KERS nessa etapa. Robert Kubica no entanto terá o KERS em seu carro.
Provavelmente até o GP do Bahrein, ou no máximo no da Espanha, todas as equipes terão difusores novos. Alguns pilotos estão reclamando que a peça atrapalha as ultrapassagens, mas isso só veremos com o tempo. Veremos também se a Brawn GP está à frente das outras equipes somente pelo difusor ou por algo mais.

A Malásia É Quente (Parte II)

A chuva

A chuva começa fraca, e em apenas parte da pista. Os pilotos começam a parar nos boxes para abastecer e trocar pneus. Raikkonen é o primeiro a colocar pneus para chuva pesada, o que acabou prejudicando-o, pois a chuva forte demorou um pouco ainda. A Brawn GP optou pelos pneus slick para seus dois pilotos.
Duas voltas depois, a chuva começa a ficar mais forte, e novamente os pilotos têm que trocar seus pneus. Timo Glock optou pelo intermediário, e sai na frente de todos. Mais uma ou duas voltas e a chuva cai de vez. Todos trocam novamente os pneus e voltam à pista, que fica sem condições. Sebastian Vettel aquaplana seu carro e abandona a prova. Os outros pilotos tentam levar seus carros e o safety-car é acionado na volta 31.
Quando os carros realinham, a corrida é interrompida. A maioria dos pilotos deixa os carros, e Mark Webber conversa com todos sobre uma possível relargada. Depois de quase 40 minutos parados, a FIA decide dar a corrida por encerrada e com isso a vitória de Button é garantida.
O pódio ficou com Button em 1º, Heidfeld em 2º e Glock em 3º.
Mais uma vez, Bernie Ecclestone mostrou que não serve para comandar uma categoria tão importante do autmobilismo, deixando de lado a segurança e o esporte em favor do comércio.

A Malásia É Quente (Parte I)

A corrida

Domingo, 17 horas. A hora prevista para a largada em Sepang estranhou algumas pessoas, que estão acostumadas com a largada às 14 horas. A decisão tomada por Bernie Ecclestone teve mais fundo comercial que esportivo, pois a visibilidade a essa hora não é das melhores e, no caso da Malásia, a probabilidade de chuva é enorme; o único motivo da mudança foi pelo horário que a corrida seria transmitida na Europa.
Chegada a hora, os carros alinham-se no grid e vislumbram um céu escuro, com nuvens indicando chuva pesada vindo.
Apagam-se as luzes vermelhas e a corrida começa. Robert Kubica, da BMW, fica parado no lugar devido a problemas no motor, o que acabou dificultando a passagem dos pilotos que vinham atrás. Na primeira curva, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen saltam posições e ficam entre os primeiros colocados, claramente evidenciando o uso do KERS. Jenson Button perdeu a liderança para Nico Rosberg, da Williams.
No meio da primeira volta, Heikki Kovalainen acaba rodando sozinho, e abandona a prova.
Terminada a confusão típica da largada, vemos Rosberg na lideraça, seguido por Jarno Trulli e Button. Um pouco atrás vemos uma briga entre Fernando Alonso e Rubens Barrichello. O espanhol, mais pesado, consegue segurar o brasileiro por algumas voltas, mas acaba ultrapassado. Na primeira tentativa de Rubens, mostrada apenas na câmera on-board, pude perceber um X de Fernando Alonso, porém a transmissão não mostrou se houve mesmo. Depois disso, Alonso foi ultrapassado também por Raikkonen e Mark Webber.
Sebastian Vettel é o primeiro piloto a entrar no pit stop, e pouco tempo depois a chuva começa...

Mais Erros...

Sábado, dia de treino classificatório na Malásia. As grandes apostas voltam-se para a Brawn GP, principalmente após o ótimo desempenho da última prova.
Logo no ínicio do treino, Jenson Button e Rubens Barrichello marcam tempos rápidos e garantem seus lugares no Q2. A Ferrari vem rápido e marca tempos bons também. Kimi Raikkonen escapa um pouco da pista, porém sem prejuízo de tempo. A Renault não vem tão bem e acaba com Nelsinho Piquet fora da 2ª parte, porém com Fernando Alonso entre os 15 primeiros. Nos últimos segundos, uma surpresa: Felipe Massa fica de fora. Surpresa maior ainda foi o motivo: um erro crasso da equipe e do piloto, que acharam o tempo suficiente para estar no Q2 e decidiram não voltar para a pista.
Já no Q2, novamente a Brawn GP na frente, mas acompanhada pela Toyota de Jarno Trulli. Sebastian Vettel vem logo atrás. As McLarens de Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen ficam de fora, e Fernando Alonso dá o máximo do carro para entrar na disputa pela pole position.
Na briga pela pole, quase uma surpresa: Trulli não pega a primeira posição por décimos, perdendo para Jenson Button. Sebastian Vettel ficou com o 3º tempo e Rubens Barrichello com o 4º.
Veremos se um possível ínicio de uma hegemonia se concretiza no domingo. O histórico da Malásia diz que não, mas a realidade mostra outra coisa.

Erros...

A semana antecedente ao GP da Malásia foi bem agitada. Confusões na FIA moveram os holofotes da imprensa sobre Lewis Hamilton e sua equipe, McLaren. Após o GP da Austrália, os chefões da Formula Um decidiram desclassificar Jarno Trulli, piloto da Toyota, por ultrapassar Hamilton durante o safety-car. Trulli foi punido com um acréscimo de 25 segundos em seu tempo, e com isso Hamilton herdou a 3ª posição. Alguns dias depois, uma nova decisão: Trulli retorna à posição de origem e Hamilton acaba desclassificado. A notícia chegou como uma bomba, acompanhada pela descoberta de uma mentira de Hamilton e de sua equipe. A imprensa inglesa chegou até a especular um envolvimento de Anthony Hamilton, pai do piloto inglês.
Enquanto isso, nas outras equipes, quase tudo continuou o mesmo. A Brawn GP na frente, mas com a liderança dos testes livres tomada pela Ferrari de Kimi Raikkonen. Fernando Alonso, piloto da Renault, foi afetado por uma infecção de ouvido, diminuindo seu ritmo de treino. Rubens Barrichello teve seu câmbio trocado e perderá 5 posições no grid de largada. Sebastian Vettel, da RBR, também perderá posições, 10, devido à manobra perigosa da última prova.
Assim, a Formula Um chegou à Malásia, a segunda prova do ano, pista que normalmente favorece a Ferrari, mas que promete surpresas para o fim de semana.